terça-feira, 28 de junho de 2011

Ego

As pegadas vão sumindo no caminho,
 o tempo não foi linear.
E foram tantos os caminhos. 
 Impossível refazer esse tempo
 impossível refazer o caminho.
As milhas percorridas tatuaram o destino
e lâminas finas cortaram os instantes vividos
a cada curva,
a cada tentativa,
 a cada desvio,
a cada movimento retilíneo,
 conduzindo o próprio destino.
 Moira adormecida.
 As imagens do eu guardadas na intimidade
 foram desfeitas quando confrontadas com o novo-velho ego.
 O espelho se quebrou.
 As deformações  reveladoras temporais.
 Olhares embrionados de futuro,
 que agora parece tão perto,
 tão efêmero,
 enxergam  limites.
 O real itinerante
busca novo itinerário,
no roteiro da imagem
guardada na saudade.

krika  28/06/2011

Um comentário:

  1. Curva de uma estrada qualquer, rumo ao litoral do meu passado. Fotografei!

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