Ego
As pegadas vão sumindo no caminho,
o tempo não foi linear.
E foram tantos os caminhos.
Impossível refazer esse tempo
impossível refazer o caminho.
As milhas percorridas tatuaram o destino
e lâminas finas cortaram os instantes vividos
a cada curva,
a cada tentativa,
a cada desvio,
a cada movimento retilíneo,
conduzindo o próprio destino.
Moira adormecida.
As imagens do eu guardadas na intimidade
foram desfeitas quando confrontadas com o novo-velho ego.
O espelho se quebrou.
As deformações reveladoras temporais.
Olhares embrionados de futuro,
que agora parece tão perto,
tão efêmero,
enxergam limites.
O real itinerante
busca novo itinerário,
no roteiro da imagem
guardada na saudade.
krika 28/06/2011
Curva de uma estrada qualquer, rumo ao litoral do meu passado. Fotografei!
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