mutante
essa palavra define bem quem sou eu.
Não gosto de coisas fáceis, mas gosto de coisas simples.
Sou simples. Por ser muito observadora aprendi, com meus avós, a conhecer as mudanças do tempo, do clima e das variações humanas sob o efeito do luar. Mas sou conhecida como filha do sol, meu parceiro nos devaneios, que tomam forma e luz e vão clarear as palavras insanas ou sensatas dos meus pensamentos transcritos.
As palavras sempre foram minhas companheiras de todas as horas. Quando escrevo perco a noção do tempo. E assim comecei um blog, sob a orientação de Jessy, minha sobrinha jornalista.
Sou filha, mãe, irmã, esposa, tia e recentemente avó e, quando posso, sou somente eu dentro de mim.
Um dia fui professora, hoje sou aprendiz dos tempos pós-modernos.
Estou aprendendo muito e tenho me divertido bastante também, pois escrever me deixa feliz e saber que existe alguém lendo, neste exato momento, o que escrevi e que, de alguma maneira, minha escrita passa a fazer parte do universo desse alguém é o que me faz mais feliz ainda.
Sou minha própria escrita e sou a memória que escreve.
Com o tempo aprendi a fotografar, de curiosa mesmo, com uma câmera simples e agora não consigo mais parar. Cada movimento passa a ter um potencial diante das lentes, que escondem um olhar observador. Interfiro no objeto observado através das lentes. A poesia vem junto e o poema vai e vem, sem rimas, sem formas ou sentidos e depois vem o corte e os acréscimos e lá está postado em forma de verso, em prosa, em reflexões ou questionamentos.
É assim que descrevo o mundo,
os sentimentos
e os sentidos, às vezes sem sentido,
do momento onde estou.
O cenário muda, eu mudo também.
Sou mutante.
by krika 26/10/2011