Imperativos audíveis!

 

Escute o silêncio de Deus,

na melodia das asas recolhidas,

 das plumas que carregam as culpas,

 culpas e  promessas, na inocência ao findar o dia,

no silenciar em si mesmo os defeitos alheios,

na beleza  interior do infinito.

Escute silencioso a voz de tuas próprias dores,

em lágrimas esquecidas, em passos desmedidos

e lambe tuas feridas, no bálsamo que te cure,

 na brisa leve que acalenta as aflições.

Escute o sentimento apaixonante,

no pulsar das paixões agonizantes

 esperança, fé e amor

que não se esgotam enquanto findas

à luz de mais um dia.

Escute o barulho da vida.

Silencie na paz do Criador.

A cada final de tarde elas se reúnem no silêncio crepuscular

do meu eu-quintal.

Eu observo e contemplo.

Depois escrevo meus versos.

Krika 22/07/2011

revisitado em 04/11/2013