Desdobrada em mistérios
e segredos obscuros
ao anoitecer de uma vida,
nas insanidades dos labirintos formados
ao redor da aura nas sombras,
paredes amareladas do tempo em que vivera...
nas insanidades dos labirintos formados
ao redor da aura nas sombras,
paredes amareladas do tempo em que vivera...
Sobrevivera a si mesma nos delírios da madrugada,
solitária enluarada no escurecer do santo dia,
alvorada terrestre na cortina de fumaça
em que escondera suas verdades e suas mentiras,
na fragilidade dos refugiados
retirantes de um deserto avermelhado,
no sangue ralo nos pés feridos
pelas veredas espinhosas de um sertão qualquer...
Retirava as culpas pelos pecados alheios,
assimilados pelos desejos perdidos
à beira da estrada no pó de terra batida,
empoeirada na falência dos sentidos
nas intenções inteiramente desperdiçadas
nas palavras arremessadas contra o próprio vento...
Vento de cannicula,
no bafo quente esbaforido ao pé do ouvido
na surdez árida das desgraças permitidas,
embaladas na tristeza tão profunda
que por vezes toma posse dessa alma
quando a noite vem trocar outros destinos...
krika 09/07/2012
Revisitado em 30/10/2013
Foto by krika - findando no meu eu-quintal
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