Rasga-me o peito essa dor
e fere-me na alma em chamas
os meus desatinos enluarados,
aturdidos no unguento sobre as feridas
cicatrizadas nas cinzas,
abertas no breu do grito noturno,
onde moram os mistérios vitais;
ouça-me no canto dos Druídas,
ecoando meu lamento sobre os ombros
no tronco úmido do cedro desfolhado,
súplicas por ti nas incertezas da noite,
devoradoras dos sonhos dos amantes;
lava-me nas águas impuras das paixões
reprimidas na abstração dos valores imorais;
cura-me do medo da escuridão que assola as retinas
ofuscadas pelo brilho do luar escorado pelo sol
e despoja-me das vestes da tua hipocrisia;
beija-me os lábios da tua loucura;
ama-me na sedução inebriante do luar
e deixa-me seguir sem tua mão...
krika 29/04/2012
foto by krika - luar entre os braços do meu caquizeiro em Lorena
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