As sombras escondiam as verdades de um dia que não existia mais...
caminhava pela calçada envelhecida na longa avenida, os Ipês acompanhavam meus passos, amparando minha saudade visível e o vento soprava a memória perdida nas palavras vazias, esvoaçando pensamentos no meu sentir. A avenida era tão reta, tao longa...
Houve um sentido e uma direção escolhida, ou imposta.
Os pés doloridos pelo paralelepípedo disforme de uma trilha sem fim esqueciam o itinerário e descompassados, por várias vezes, paravam no meio da caminhada.
O passado resistia ao tempo e trazia aromas da aurora tardia nos meus crepúsculos repentinos, onde o amor pediu refúgio.
As sombras vespertinas, prenúncio da escuridão noturna, transformavam o cenário e enquanto o dia escurecia e a fantasia ganhava vida, os seres místicos deliberam a paixão.
Caminhei vagarosamente no breu de uma história e segui meus próprios passos rumo ao horizonte que ainda não vislumbrei.
As sombras se dissiparam com a chegada da lua e o tempo passou ainda mais devagar, no tempo de cada um...
krika 09/01/2012
foto by krika - entardecer em Lorena
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