terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Noturnos enluarados


 
Tu, ó luar,
 tu  és cúmplice dos desatinos da noite,
sedutor das almas perdidas, 
das entregas maliciosas e ilícitas,
das promessas susurradas ao alcance dos lábios que deslizam sobre as vértebras trêmulas,
 vibrantes,
 no arrepio que espreita o minuto oportuno de chegar e de partir.
 
O mundo emudece aos profanos sons do amor  sob o luar; o grito molhado refaz a vida,
 na fusão do seres promíscuos,
entregues, 
 na exaustão dos corpos ensandecidos,
que ao fim adormecem.
 
Antes que o luar se apague,
 ou a noite venha a findar os sobreviventes,
 noturnos caminham sorrateiramente no breu dos acontecimentos, pisando o território sacralizado pelo luar,
que alto ainda brilha iluminando o caminho de volta,
 por onde os amantes se perdem.
Eros descansa.

krika 24/09/2011

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