Palavra tem vida própria e só se entrega na cumplicidade das intenções.
Palavra é impulsiva, movida pela poesia num mundo de insanidade e beleza.
Palavra é busca, e a busca existe no caos da espera, na feminilidade máscula dos sentimentos aflorados no momento da escrita, à mercê dos intentos dentro e fora de mim, imperfeitos, rarefeitos ou desfeitos no instante seguinte em que fui somente mulher...
... As inquietudes revelam e escondem as muitas mulheres que coexistem em mim, nas formas disformes dos tempos, nos meus pretéritos amanhecidos nas transformações, perdição de um tempo passado, liberdade em tempos insólitos, prisão do tempo em que se está. A poeira do caminho e o verde à beira da estrada impregnaram a alma, entorpecendo os sentidos, na acidez das palavras, na docilidade dos atos, na tímida ousadia dos versos, na irreverência aderente da escrita e na palavra intensa e dispersa.
krika - revisitado/mutação em 07/10/2013
foto de krika - no azul da poesia
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