Pretéritos do meu eu

Nas definições de um ego em formação, descobri deformidades na essência que marca minha passagem no mundo, num tempo confortável no desconforto de sua passagem, que não acaba, nem permanece, não perdura, nem se mantém, e nessa inconstância sou constantemente, um feminino que se curva aos sentimentos desmedidos, apaixonados e mensuravéis na linha dupla de um dia, no esgotamento temporal, na divisa das insanidades cotidianas, marcadas pelo bom senso ou pelas conveniências abstratas, visíveis a olho nu, na visão espectral  do carpe diem, que não deixaram acontecer pelas necessidades humanas desse anjos caídos  em terra de pagão. Não defini, não identifiquei, apenas fui e sou, sou e fui, a cada final, que no fundo já é meu recomeço.
krika 08/09/2011