sexta-feira, 19 de agosto de 2011


Pretéritos do Infinito
Hoje vou descrever o crepúsculo no meu quintal. Da varanda  da casa vizualizei o céu incendiar, espalhar calor pelas planícies do grande Vale de minha infância, num vermelho acinzentado que doía feito ferida de espinho, numa saudade que apertava o peito e corria lágrimas na face suada pelo calor daquele incêndio. Os morros saltavam aos olhos, delineados pelo azul escurecido na penumbra da noite que insistia em chegar. O vento feito canícula era o rubro que findava o meu dia, dia de afazeres pesados, no esforço braçal  com o nascer desse sol que agora se despedia. A vida parou para contemplar o infinito marcado na linha do horizonte, que parecia tocar aquele céu, que eu tanto vira, ao longe, de perto, descortinado no cromatismo da natureza. Antes que esse dia acabasse a vida exibiu seu potencial para o descanso do guerreiro, antes de outro dia começar...

krika 19/08/2011


4 comentários:

  1. Hoje, quano terminei os afazeres contemplei esse cenário da varanda de minha casa. fotografei!

    ResponderExcluir
  2. obrigada pela visita :)

    nossa, que vista da sua varanda..linda

    bjs

    ResponderExcluir
  3. Quanta palavra bonita amiga!

    Beijo, linda a foto so crepusculo também

    ResponderExcluir
  4. LINDO!
    Traduziu a poética da natureza com incrivéis palavras.

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário, sugestão, dicas, blog se alimenta de comentários..rsrs
Se não encontrar a opção de postagem escolha Anônimo e deixe seu nome no comentário!!!
Mas lembre-se, recados ofensivos não serão admitidos!!