terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Depois da tempestade

O breu cobriu o azul da vida,
 finalizando um dia de clamores inaudíveis,
 obsoletos, apagados como a luz no temporal
 e os céu embrutecido esbravejou,
rasgando o infinito em doloridas preces
calando a voz do vendaval...
A noite chegou mais cedo,
 trazendo consigo a magia noturna
 e o som do sobrenatural ecoou nos prados verdejantes,
e vagou pela terra nos sombrios pensamentos
 que o vento carregou.
 Escaldando a pele o arrepio do medo
 clamava  misericórdia
e a falta da fé passeava nos campos desprotegidos,
dilatando o momento da escuridão.
As sombras se abrigavam no fio de luz
e as angústias sondavam o terreno fértil
 da fragilidade humana.
O vento forte envergava os dorsos piedosos
que enxergavam o Alto no reflexo das poças
de suas próprias lágrimas.
A luz do poste se acendera dissipando o breu de muitas horas,
de muitas vidas e a tempestade passou pelo Vale 
e a vida nunca mais foi a mesma.

krika 17/01/2012

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