Queria sair de mim e ser você nos dias tempestuosos em que devoro os pensamentos. Queria ser eu mesma em qualquer dia e lugar. Sou espelho sem aço, ou já não sei quem eu sou. Às vezes sou sombra, às vezes reflexo e às vezes perdida, me acho sem mim. Minhas identidades não me identificam, sou mutante. Assumo cores e formas disformes diante de mim. Sou borboleta sem casulo, ou a própria transformação. Em cabelos, olhos, bocas e palavras, que me percorrem as entranhas e despencam de mim. Em tintas e folhas e dentro de mim. Em amores atados, amarrados em mim. De quê adianta meu querer? Estou em processo e envelheço e me renovo e me aprendo e me desfaço em todos os meus pedaços inteiros de mim. Assim sou um eu que só sai de mim se for pra você.
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