O dia, apaixonado pela noite, quis exibir seu esplendor para sua amada e abriu a cortina de nuvens
para que o sol pudesse entrar.
O sol disse bom dia e derramou seu fogo pela terra dos mortais,
liberando o dourado que lambia as planícies, despertando a vida, ainda adormecida no orvalho da aurora.
A vida, amiga da noite e do dia, começava iluminada delicadamente, despedindo-se da noite,
que embalada por Morfeu,
adormecia serenamente protegida
entre os morros mais altos do Vale.
Os viajantes do tempo iniciavam sua jornada
em busca dos seus destinos,cientes dos inesperados desvios e das armadilhas de Hades.
O dia vigiava o sono de sua amada noite, que foi cúmplice dos amantes e guardadora dos segredos da paixão que, à luz da lua, se permitem revelar;
a noite sonhava reencontrar seu amado dia, que também foi cúmplice dos amantes e guardador dos segredos promíscuos que, à luz do sol, não se podem revelar
e os homens, ah os homens!
Esses caminhavam alheios à beleza e à cumplicidade desse amor,
que se repete a cada manhã e a cada anoitecer,
tendo por testemunhas o brilho do sol, a magia da lua, a amizade da vida
e as metáforas de um solitário
poeta ...
krika 06/10/2011
Numa dessas manhãs em que o dia chega de mansinho e contagia a gente... republiquei! Foto by krika!
ResponderExcluirLinda esta poesia... parabéns krika.
ResponderExcluirObrigada Luis.
Excluir