A velocidade do carro não permitia a nitidez captada pelas retinas, ainda assim registrei o momento exato
em que as águas romperam o céu
e desabaram sobre um verde escuro,
tocando violentamente o chão.
Pensei que minha vida também se rompia.
Naquele instante meu tempo parou.
Parou para escutar um sussurro,
emergido da fenda aberta na geleira da alma,
que despida de si mesma,
abalada pela força daquelas águas,
pedia afago
e esperava amor.
revisitado em Krika 27/11/2013
fotos by krika - numa dessas manhãs em que o céu desaba enquanto seguimos às rotinas...
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