O hálito fétido das aflições sopra quente sobre os ombros pesados,
enfraquecidos nas batalhas em solos profanos,
mortificados na cinza que cobre os dias,
exaustos, disformes, desesperados
pelo fim da caminhada sombria,
da travessia dolorosa pelas encostas em vias inexpressivas,
perdidas em becos de neblinas frias,
da espessura de uma palavra maldita,
proferida ao vento desnorteado,
que carrega as canções para o breu das coisas,
onde impera o vácuo de um mundo à espera, ou à deriva,
no abismo aberto entre os sentidos dispersos, solitários, abandonados em si mesmos,
adormecidos no desassossego passional,
que a tristeza aprisiona no nada
da ansiedade alopática,
que acompanha
uma existência sem amor...
krika 12/04/2013
foto by filhota - uma viagem sem destino
ResponderExcluirAdorei estes versos... Às vezes eu também me sinto assim, mas depois tudo passa.
ResponderExcluirMinha querida amiga, obrigada pelo carinho. Às vezes a poesia passa bem lá no cantinho da vida e minhas palavras, vez ou outra, conseguem alcançar...aí já viu, dou de cara com os versos... então me espalho... valeu estar seguindo
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