segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pretéritos Atemporais

As sombras escondiam as verdades de um dia que não existia mais...
caminhava pela calçada envelhecida na longa avenida, os Ipês acompanhavam meus passos, amparando minha saudade visível e o vento soprava a memória perdida nas palavras vazias, esvoaçando pensamentos no meu sentir.  A avenida era tão reta, tao longa...
Houve um sentido e uma direção escolhida, ou imposta.
Os pés doloridos pelo paralelepípedo disforme de uma trilha sem fim esqueciam o itinerário e descompassados, por várias vezes,  paravam no meio da caminhada.
O passado resistia ao tempo e trazia aromas da aurora tardia nos meus crepúsculos repentinos, onde o amor pediu refúgio.
As sombras vespertinas, prenúncio da escuridão noturna,  transformavam o cenário e enquanto o dia escurecia e a fantasia ganhava vida, os seres místicos deliberam a paixão.
Caminhei vagarosamente no breu de uma história e segui meus próprios passos rumo ao horizonte que ainda não vislumbrei.
As sombras se dissiparam com a chegada da lua e o tempo passou ainda mais devagar, no tempo de cada um... 

                                                                    krika 09/01/2012

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