sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Carpe diem!

Aquele dia trouxera a manhã no silêncio dolorido da vida,
intensificando as cicatrizes no corpo desnudo
 sobre o chão úmido da terra onde nasceste.
Havia uma cumplicidade entre um céu cinza-mistério
 e o universo de um verão, que não  viria tão cedo.
Os pensamentos percorriam as veias dilaceradas
misturando sentimentos e sentidos
na insensatez providente da mente insana.
Não houve misericórdia com suas dores
nem com seus remorsos abertos
por suas culpas inocentadas.
As feridas curadas na saliva da memória
rompiam em sangue vivo nas lembranças profanadas,
despertas do sono amargo
em que adormecera sua vida.
Os olhos fechados intensificavam o cinza do dia,
mas impediam as retinas de captar novas memórias.
E assim passou o dia
na passada de uma vida.

krika 20/01/2012


  

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